quarta-feira, 6 de junho de 2012

TAÇA NACIONAL: CRÓNICA DO JOGO GOLPILHEIRA 1-3 FC VERMOIM



Este Domingo, desloquei-me à Batalha para assistir ao grande embate desta primeira jornada da segunda fase da Taça Nacional 11/12. As pupilas de Francisco Paiva e da Teresa Jordão já sabiam, quando entraram em campo, que o seu maior opositor tinha vencido o Posto Santo por nove bolas a zero, por isso a pressão começou logo por aí, mas o conhecimento do valor de cada adversário foi a maior dificuldade encontrada para esta partida.


Na primeira parte entraram duas equipas, que apesar de pouco se terem defrontado na história do futsal feminino, mostraram um enorme respeito pelos respetivos emblemas, no entanto a equipa da casa sabia que tinha que assumir o jogo e assim foi. Mostrando uma enorme personalidade e força reflexo da sua treinadora, as pupilas de Teresa Jordão entraram muito bem na partida, fazendo uma pressão bem alta e por largos minutos as pupilas de Francisco Paiva, não apresentavam soluções para sacudir a pressão e sentiram enormes dificuldade e a única jogadora que parava o poderia ofensivo era a guardiã Sara Wallace que num punhado de grandes e belas defesas conseguiu impedir o golo da equipa da casa. 

Mais uma vez Sara Wallace em grande nível na baliza do Fc Vermoim

Pode-se dizer que o melhor ataque do Golpilheira era a sua defesa bem pressionante, pois conseguia muitos roubos de bola e perto da baliza contrária que tinha na sua jogadora Margarida Marques, a rematadora de serviço. O Fc Vermoim causava perigo através da incontornável Ana Azevedo, que nas suas rápidas transições causava sempre perigo à guardiã do Golpilheira, a Liliana. As equipas foram para intervalo a zero bolas, no entanto se o Golpilheira estivesse a vencer era mais do que justo devido às oportunidades de golo criadas.

Margarida Marques em destaque na equipa do Golpilheira

Na  segunda parte assistimos a um Fc Vermoim mais forte nas saídas de pressão e no controlo do jogo e um Golpilheira mais desgastado pois quando se pressiona bem alto num jogo de Taça Nacional a fatura costuma sair bem cara. E assim foi. O Fc Vermoim chega ao um a zero por intermédio da sua referência Ana Azevedo, que num lance de génio faz passar a bola por meio das pernas da adversária em direção à baliza e quando o talento fala mais alto mais nada há a fazer. A impotência defensiva contrasta a alegria e festa quando inaugurado o marcador na Batalha.



Apesar de sofrerem o golo, as meninas do Golpilheira continuavam com a sua arma bem forte, a pressão bem alta e o Fc Vermoim continuava a ter imensas dificuldades em manter a posse de bola, no entanto, as Golpilhas já tinham completado as cinco faltas possíveis e numa falta bem sacada por Elsa, a equipa da arbitragem assinala a cobrança na linha dos dez metros. Estreante nestas andanças, Ana Azevedo assume a responsabilidade e marca o livre direto fazendo o segundo golo para o Fc Vermoim.



Este foi o melhor período do Fc Vemoim e podiam ter ampliado o placar no entanto as pupilas de Franscisco Paiva não tiveram a frieza e frescura mental para o fazerem. As Golpilhas não baixaram os braços e numa insistência de Margarida Marques eis que surge o golo e de novo volta a esperança na reviravolta do resultado.



A experiência nestas andanças foi a arma mais forte das pupilas de Fancisco Paiva que fizeram do renascer da esperança das Golpilhas a sua mais valia e numa transição ofensiva surge o três a um através de Filipa Mendes e mais uma assistência de Ana Azevedo, que de fato, está numa forma desportiva sensacional e ao alcance de muito poucas. Este golo surge quando apenas faltam pouco mais de dois minutos para jogar e nesta altura as pupilas de Teresa Jordão apercebem-se que nada mais podem fazer contra a eficácia do Fc Vermoim.

Fc Vermoim conquista três pontos complicadíssimos em casa do Golpilheira

Num jogo em que o resultado poderia ser outro, a vitória à equipa do Fc Vermoim justifica-se devido ao enorme espírito de sacrificio e experiência por parte da equipa que vê em Ana Azevedo a sua estrelinha da sorte e finalizadora pura e nestes jogos quem não marca acaba sempre por sofrer. E assim foi. Este foi de fato um grande jogo de futsal no feminino, assim como todos deveriam ser quando nos encontramos nesta fase tão avançada da Taça Nacional.

Não posso terminar esta minha crónica sem agradecer a forma calorosa como fui recebida pela equipa técnica e diretores do Fc Vermoim, assim como todas as suas jogadoras. Durante largos anos fui 'inimiga' deste emblema devido ao emblema que eu representava ( AR Restauradores Avintenses) e pelas rivalidades inerentes, no entanto, a receptividade foi enorme e não posso deixar de agradecer esta oportunidade que me estão a dar, em acompanhar a equipa na segunda fase da Taça Nacional. É de fato uma 'equipa' e uma 'família' e agora entendo o porquê de tanto sucesso dentro das quatro linhas.

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