Vitor Fonseca Treinador as Esc.D.C.Gondomar
Queremos agradecer ao Técnico Vitor Fonseca pela disponibilidade mostrada a responder as nossas perguntas e assim poder dar mais a conhecer um dos treinadores de uma das equipas candidatas ao título da AF Porto, Esc.D.C.Gondomar.
Quem é o Vitor Fonseca?
Tenho 31 anos, sou gestor comercial, casado e um pai “babado”. Treinador de futsal nível II. Exigente, cauteloso e atento.
Fale-nos de seu percurso desportivo enquanto treinador.
Época 2002/2003 São Pedro fins – iniciados
Época 2003/2005 E.D.C.Gondomar – Juniores masculino
Época 2005/2006 Miramar futsal- juniores masculino
Época 2006/2007 Aliados de Lordelo – Seniores feminino
Época 2007/2008 Barranha – seniores masculino (3ºdivisao nacional)
Época 2008/2009 2009/2010 2010/2011-Cohaemato – iniciados / juvenis/ iniciados
Você na atualidade é treinador das Esc.D.C. Gondomar, fale-nos um pouco da sua equipa.
Penso que o seu passado e o seu presente falam por si, um clube com
muitos anos de Futsal masculino/feminino, uma instituição de utilidade
pública que ao longo destes anos sempre promoveu a formação, não só
desportiva como também social de tantos atletas que por ali passam.
Qual é o balanço que está a ter da pré-temporada da sua equipa?
Bastante positivo, optamos por jogos de treino e torneios onde
estivessem presentes equipas de elevado grau de dificuldade, o que nos
obrigou a ser rigorosos e competentes. Mantivemos o plantel da época
passada, o que para nós foi muito positivo, o grupo está já identificado
com o nosso modelo de jogo, fruto do trabalho realizado na época
anterior, agora apenas temos de acertar alguns detalhes táticos e
integrar as duas contratações, Sónia (ex vermoim) e Rita (ex penamaior).
Treino na Esc.Gião
O que você acha deste campeonato com 11 equipas e qual acha que são as equipas candidatas ao título?
Fui uma das pessoas que apoiei a reestruturação do Futsal feminino na
A.F. Porto, entendendo desta forma que seria vantajosa a extinção da 2ª
divisão, permitindo na minha opinião uma maior evolução de todos os
intervenientes, nomeadamente treinadores e atletas. Contudo esta opinião
não foi partilhada por uma grande parte das equipas da 2ª divisão, o
que lamento.
No diz respeito as potenciais candidatas ao título, penso que os Restauradores Avintenses partem na linha da frente, por tudo o que
fizeram no passado, mantêm as mesmas atletas e apenas alteram a equipa
técnica, que ao que conheço são pessoas muito competentes. Mindelo, São
Salvador do Campo e muito provavelmente o Canidelo irão na minha opinião
lutar por lugares cimeiros. Quanto a nós Escola Desportiva e Cultural
de Gondomar assumiremos a luta pelo título distrital, até mesmo porque
queremos fazer parte do grupo de equipas que anseiam disputar o
campeonato nacional, que se iniciará na próxima época.
O que acha da nova selecção distrital na categoria de seniores feminino?
É sobretudo uma boa oportunidade para as atletas em fase
mais adulta e já com alguma maturidade na modalidade, mostrarem as suas
capacidades, contudo este tipo de iniciativas deveriam ser constantes,
até mesmo para percebermos o trabalho realizado pelas equipas e
associações.
A Escola DC Gondomar sempre foi conhecido pela formação e este ano
voltou a recuperar a equipa júnior, o que acha do formato do novo
campeonato junior?
Penso que podia ter sido pior, o formato adotado acaba de alguma
forma por minimizar as consequências e assim com 8 equipas aguarda-se um
campeonato mais simpático. No entanto preocupa-me a falta de vontade e
empenho na formação de jovens atletas, nomeadamente na aposta de equipas
juniores feminino. Quanto ao nosso escalão de juniores feminino os
objectivos são claros, trabalhar para que no futuro possamos integrar
estas atletas no plantel sénior.
Qual é sua opinião das novas normas da FPF?
Presumo a pergunta esteja relacionada com a criação de
escalões de formação no feminino, parece-me positiva no entanto o
panorama actual não me parece favorecer as equipas, pois estas têm de
suportar custos adicionais nomeadamente exames para a utilização destas
atletas no escalão de juniores.
Que repercussão poderá ter no Futsal Feminino?
A possibilidade das jovens atletas fazerem um percurso sustentado
e equilibrado na sua formação. No entanto deveria existir uma maior
preocupação por parte das associações de futebol, na criação de torneios
da categoria, e para que tudo isto faça sentido os clubes devem
investir na formação.
Qual são suas expectativas perante aprovação do campeonato nacional para o próximo ano?
Acredito que será um campeonato bastante competitivo, existe já
um bom número de equipas a nível nacional que trabalham muito bem, com
bons treinadores e essencialmente com responsáveis que já vêm o futsal
feminino como uma séria aposta.
Perante essa próxima realidade, quais são as bases que pensa que são necessárias?
Atendendo a conjuntura económica do país, todos sabemos das
grandes dificuldades existentes, logo aí este é um ponto fundamental
para a sustentabilidade de qualquer clube. Desportivamente a falta de
formação de jovens atletas, terá um reflexo negativo no futuro de muitas
equipas.
Acha que o futsal feminino tem evoluído?
Mais em quantidade do que em qualidade, e refiro-me
obviamente à falta de exigência dos responsáveis dos clubes na hora de
iniciarem um projecto, alias um pouco por todo o país é notória a
desigualdade e o desequilíbrio entre equipas, estas devem apostar em
bons treinadores e acima de tudo na formação, que como já disse
anteriormente será o futuro do futsal feminino. Agora considero que sem
duvida tem existido um esforço muito grande por parte de algumas
entidades nomeadamente o” jogo das raparigas”, entre outros no
crescimento e na igualdade do escalão.
Acha que a retoma das Selecção Nacional e criação da Selecção Universitária ajudo nessa evolução?
Essencialmente na promoção do futsal feminino, e sem dúvida para que novas atletas possam surgir nesse lote de convocadas.
O que acha da realização do III Torneio Mundial em Portugal em Dezembro?
O
facto de estarmos presentes numa competição de deste nível e sobretudo
no nosso país, promove mais a espetacularidade da modalidade e
essencialmente promove o futsal feminino, temos excelentes praticantes,
no entanto penso que o nosso seleccionador deve estar muito atento, pois
estão a surgir algumas atletas com muito valor, e com certeza com muita
vontade de representar a selecção nacional ao mais alto nível.
O que melhoraria no futsal feminino?
A
criação de selecções distritais de formação, e a obrigatoriedade por
parte das associações em dinamizar e preparar as condições necessárias
para a realização de campeonatos.
Acha que os blogues que tem surgido estes últimos anos tem ajudado a divulgação do futsal feminino? Como?
Sem dúvida que a existência destes meios de
informação/comunicação têm servido para dinamizar o futsal feminino,
através de toda a informação que transportam a todos os interessados não
só no futsal feminino como na modalidade em geral.
Umas palavras para os seguidores do Magiafutsal.
Vamos apostar num futsal feminino de qualidade
Colaboradora: Amaia Alberdi
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