O futsal feminino tem conquistado, nos últimos anos, o seu espaço. A
pulso e graças ao trabalho maioritariamente gratuito e desinteressado de
centenas de cidadãs e cidadãos e contribuintes. No último Verão pudemos ver,
pela primeira vez, na RTP, em sinal aberto, uma iniciativa louvável – a
transmissão da Final da Taça de Portugal de Futebol Feminino, que opôs a SU 1º
de Dezembro ao Clube Albergaria.
Um momento histórico que veio dar um impulso
importante ao futebol feminino, que vive hoje um verdadeiro estado de graça.
Entre
os próximos dias 3 e 9 de Dezembro, Portugal recebe o III Torneio Mundial de
Futsal Feminino. Uma prova internacional que vai juntar as melhores jogadoras
do Mundo em Oliveira de Azeméis. Uma prova que, se ampla e entusiasticamente
divulgada, pode catapultar também o futsal feminino para o estado de graça de
que necessita para se dar a conhecer junto do grande público e, assim, dar
passos mais firmes rumo ao seu crescimento. Costuma dizer-se que as pessoas só
sentem falta do que conhecem. E muitas são as que hoje ainda desconhecem a
capacidade e potencial das e dos agentes ligadas/os ao futsal feminino.
Foto de José Paulo Silva
Dizer
que o futsal no feminino não tem interesse para o público em geral é falacioso.
Senão vejamos: o golo marcado por Rita Martins num jogo do campeonato da AF
Lisboa foi visualizado já mais de MEIO MILHÃO de vezes no youtube e teve um
enorme destaque nos órgãos de comunicação social portugueses e mundiais.
Sabemos
que a RTP vive tempos de contenção e que só com uma comparticipação da FPF será
possível transmitir pelo menos um jogo deste III Torneio Mundial. Mas será que
a FPF – a mesma que conseguiu que fosse transmitida em directo a final da Taça
de Portugal de Futebol Feminino; a mesma que recebeu 800 mil euros por um jogo
de carácter particular e de interesse meramente financeiro disputado pela Selecção
Nacional de Futebol AA no Gabão; a mesma que teve resultados positivos de 2,5
milhões de euros no último exercício...será que a FPF não pode ter essa
comparticipação, percebendo que o que agora será um custo, será mais à frente
um enorme benefício com um retorno exponencialmente superior?
FAÇAMOS SENTIR À
FPF QUE A TRANSMISSÃO DE PELO MENOS UM JOGO DE PORTUGAL NESTE III TORNEIO
MUNDIAL NÃO É UM DESEJO DE UMA MINORIA, MAS UMA NECESSIDADE IMPERIOSA RUMO À TÃO
PROPALADA IGUALDADE DE GÉNERO, NÃO SÓ ENTRE MASCULINO E FEMININO MAS TAMBÉM
ENTRE FUTEBOL E FUTSAL. ASSINE JÁ ESTA PETIÇÃO. TODOS SEREMOS POUCOS.
Para assinar a Petição clica AQUI.
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