Citação do senhor Carlos Godinho, elemento da FPF: 'Organizado pelo Quinta dos Lombos e Leões de Porto Salvo, deu-se o Torneio Inter-Distrital Juniores Femininos de Futsal, dirigido a clubes, sob o lema "Por uma Taça Nacional organizada pela FPF". Entendo e compreendo a pressão exercida pelos organizadores mas se não existe Taça Nacional de Juniores Feminina é porque os sócios da FPF ainda não o quiseram (e qual é a novidade nisso sr Carlos Godinho?). Basta tão somente agendar junto da Federação e propor a sua discussão em Assembleia Geral para que eventualmente os sócios a votem favoravelmente.'
Queria agradecer gentilmente ao Sr. Carlos Godinho por este esclarecimento público. Agora entendo porque não existem quadros competitivos de futsal adequados à realidade desportiva atual, tanto no feminino como no masculino. Porque somente não foi proposto uma discussão junto da AG para que eventualmente votem favoravelmente à evolução do futsal em PORTUGAL.
E para os que não sabem quem são os sócios da FPF, aqui vai uma pequena lição sobre FPF e suas ramificações transversais.
- a Assembleia Geral,
- o Presidente da FPF,
- a Direcção,
- o Conselho Fiscal,
- o Conselho de Justiça,
- o Conselho de Disciplina
- o Conselho de Arbitragem.
E perguntam vocês... mas esta Assembleia Geral é exatamente o quê? E para que serve? Ora então vamos lá prestar um pouco mais de atenção...
Compõe a AG Federativa os Sócios Ordinários do organismo que tutela o Futebol Nacional, podendo ainda nela participar, mas sem direito a voto, os titulares de Órgãos Sociais da FPF e os Sócios Honorários e de Mérito.
Os votos da reunião magna da FPF estão distribuídos, actualmente, do seguinte modo:
- 50 por cento para as Associações Regionais e Distritais (os votos são repartidos entre estas de acordo com o respectivo número de clubes em actividade que disputam competições não profissionais de futebol de onze e o respectivo número de praticantes homologados pela FPF);
- 20 por cento para a Liga Portuguesa de Futebol Profissional;
- 10 por cento para o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol;
- 6 por cento para a Associação Nacional de Treinadores de Futebol e para Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol;
- 3 por cento para a Associação Nacional de Dirigentes de Futebol, para a Associação Nacional dos Médicos de Futebol e para a Associação Nacional de Enfermeiros Desportivos e Massagistas de Futebol.
E perguntam vocês... onde está o futsal representado no meio de tantos sócios da AG? Bem...não está! Ou melhor... eventualmente apenas está representado somente através das 22 associações regionais e distritais que são eventualmente dirigidas através de interesses futebolisticos ou não.
Ora se o Futsal não está representado na sua essência como pode pretender uma somente discussão na AG? Mas eventualmente ainda acrescento a seguinte informação.
A Assembleia Geral é convocada por solicitação dos Órgãos Sociais da FPF competentes ou por requerimento de um grupo de Sócios Ordinários representando, pelo menos, 35 por cento do total dos votos da AG. Esta não pode, por outro lado, reunir em primeira convocação sem a presença de, pelo menos, metade dos seus associados, podendo funcionar em segunda convocação, 30 minutos depois, com qualquer afluência, desde que tal conste do aviso convocatório. Já a AG convocada por iniciativa de um grupo de Sócios Ordinários não pode reunir sem a presença de, pelo menos, metade dos requerentes.
Ou seja, 35 por cento das associações teriam de convocar uma assembleia geral para que eventualmente aconteça uma mudança nos quadros competitivos do futsal feminino e masculino ( o que por si só já é extremamente complicado) mas, para além disso, pelos menos 50 por cento dos sócios tem de estar presentes na AG para que a reunião aconteça, e só depois pode existir uma eventual mudança nos quadros competitivos caso a proposta seja votada favoravelmente.
A todos os agentes do futsal Português, apenas vos digo que a paciência é um tesouro oculto, é a chave da justiça, é a coragem da virtude. A paciência vence todos os obstáculos mas para tal temos de trabalhar e rumar num único sentido, o da união e o da luta pelos nossos direitos. Enquanto não nos fizermos representar junto da FPF de forma eventualmente condigna, correspondendo aos somente milhares de atletas de futsal atualmente inscritos na FPF a evolução que todos nós Portugal buscamos não chegará.
Vice Campeãs Mundiais 2010 de Futsal Feminino após seis anos de seleção Inativa.
Para terminar este meu artigo gostaria de deixar estas palavras:
EVENTUALMENTE é o país que temos e SOMENTE só alguns são PORTUGAL.
Pense nisto.
Prof. Marlene Laúndos
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